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Educação

15/09/2009

O SEMEADOR DE ESPERANÇAS: UM ENIGMA EDUCACIONAL

“Mesmo diante de situações difíceis, somos crédulos na Educação como o único instrumento capaz de mudar o comportamento do nosso mundo tão injusto”. Tales Antônio da Fonseca , empreendedor e prefeito da cidade de Passa Vinte-Mg.

 

“Só conseguiremos, de fato, uma transformação na Educação quando nos dispusermos a repensar nossos conceitos e valores”. Profª Simone Aline Abranches Machado – secretaria de Educação.

 

“A mesma luz que brilha nas estrelas brilha em nossa inteligência, mas todas são centelhas de uma estrela única”. Prof. Henrique José de Souza (1883-1963)

 

É neste cenário da vida, onde é preciso acreditar na educação como diz o Senhor Tales A.da Fonseca, e buscar a transformação através da educação tal qual cita a profª Simone A.Machado, acreditando no potencial da estrela que brilha em cada ser humano, conforme cita o professor Henrique, são motivos suficientes para mergulharmos no oceano do conhecimento, em busca do autocrescimento e desvendarmos os mistérios da vida. E isto só é possível através da educação como processo continuo de aprendizagem. Desta forma, a historia a seguir ou o mito do “mestre”, procura deixar um enigma a ser decifrado e se assim o fizermos, decifraremos o próprio significado da vida. Todo educador é um arqueólogo da mente humana.

 

 

Conta-se que há muito tempo atrás nas altas e mágicas montanhas da Mantiqueira, havia um mestre chamado Lorenzo que vivia dentro de uma misteriosa loka. Ele tinha cabelos e longas barbas de cor dourada, dizem que era uma espécie de caminhante e estava sempre muito bem vestido. Era comum vê-lo usando um turbante (carapuça) verde sobre a cabeça e sempre trazia consigo um livro de capa vermelha. Cumprimentava todos que por ele passava, postando a mão sobre o coração se curvando para frente. Com todos que encontrava pelo caminho dirigia-lhes algumas palavras estranhas que as pessoas não sabiam traduzir, mas entendiam o que ele queria dizer. Era comum vê-lo à noite com roupa branca e brilhante como a luz do luar daquelas mágicas montanhas. Os comentários seguiam de boca em boca e percorriam os quatro cantos da Mantiqueira. Muitos diziam que ele vinha de um outro mundo desconhecido, não sabiam de onde, no entanto alguns alegam tê-lo visto saindo do interior de uma montanha. Num belo dia de intenso sol, Lorenzo foi visto pela ultima vez à beira do caminho do vilarejo, conversando com uma pessoa e segundo se comenta, disse a ela: quem entender minha mensagem e decifrar os símbolos e letras que deixei gravado numa pedra, terá compreendido minha missão entre vocês e assim poderão ajudar aos outros na mudança de estado de consciência. Por muito tempo as pessoas continuavam procurando o mestre Lorenzo por todos os recantos das terras altas e mágicas da Mantiqueira, porém sem nenhuma pista. Depois disso, falava-se à boca pequena que ele era visto somente uma vez por ano na lua nova do mês de agosto. A entrada para a loka onde morava desapareceu misteriosamente ficando talhado no local, onde era a entrada da loka, uma inscrição muito intrigante.  ou ?DPmmP que estava dentro de um digrama (ver descrição no final), porém a natureza tratou de acobertá-la dos olhos profanos, mas, uma pista ficou.

Passado muito tempo descobriu se através de relatos de várias pessoas, que qualquer maldição que fosse lançada na região seria desfeita pela magia do amor-sabedoria profetizada pelo mestre da montanha, pois, daquelas paragens dos quatro cantos da Mantiqueira vibrariam luzes de paz, amor e sabedoria. A mata havia coberto de verde todo o local, mas a silhueta da montanha permanecia lembrando a imagem de um ancião e o formato da letra “M”, que é mais um mistério a ser decifrado por aqueles que assim o desejarem. Dizem que bandeirantes que por ali passaram, muito tempo antes, tiveram que cruzar várias vezes rios sinuosos para chegar ao alto num total de pelo menos vinte vezes e já ouviram dos nativos da região relatos de tais mistérios.  Um novo período de obscuridade se abateu sobre a região e o fato novamente caiu no esquecimento. Porém num inesperado dia de lua nova, um estranho, mas que parecia conhecer muito bem o local e lokas das montanhas, procurava por uma pequena pedra, onde estava gravado um diagrama que continha um código. Após ter encontrado aquela pedra, levou-a para um lugar conhecido como loka de luz e a estudou longamente procurando entender o que estaria escrito e decifrar, seus mistérios e símbolos. Precisou de muitos estudos e tempo, mesmo assim não deixou totalmente explicado o que continha no digrama, porque isso só faria sentido se cada um buscasse compreender dentro de si mesmo o que aquilo queria representar. Disse ele: o ser humano busca toda compreensão  e todos os tesouros da vida naquilo que está fora de si. É o ouro interior que está lá fora, enquanto os alquimistas diziam exatamente o contrário. O externo está visível, porem o interno também, mas para isso é preciso abrir os olhos e ter coragem para um encontro consigo mesmo. Posso dizer apenas que há um caminho para que isto aconteça: o autocrescimento. Porem para se chegar a este “auto” é preciso um processo continuo da aquisição do conhecimento. Para que isto aconteça é necessário a infalível formula chamada educação, que tem três componentes básicos contidos em três letras, que estão no símbolo deixado pelo mestre Lorenzo (Ame). O Aprendiz, o Mestre e a Escola, ou ainda: Amor-sabedoria, a Motivação (vontade) e o Ensinar (inteligência). Sem estes ingredientes não há mudança de estado de consciência. Observei ainda que há uma coruja na lateral direita, como símbolo do conhecimento filosófico. O mais intrigante são as coincidências do desdobramento do símbolo  ou  que lembra a letra “m”, tal qual número árabe à esquerda 3 ou M quando fazemos nele um giro. Este símbolo transparece a silhueta de um Ser. É o “m” de mestre, montanha, Mantiqueira, magia, motivação e etc. As montanhas sempre abrigam enigmas e muitos tentam chegar ao cume, mas teem medo de escalarem a si mesmo, indo para baixo como o reflexo do símbolo em vermelho no referido diagrama. Há ainda as cores do verde como inspiração e do vermelho como realização. O mestre inspirado, motiva seus alunos em busca da autorealização. Muito interessante é que a morte começa com o “m”, porem mais interessante ainda é que a palavra amor deriva do latim “mors” que quer dizer morte. Por isso, o amor de um mestre por seus discípulos, alunos, aprendizes, conduze-os ao caminho da transformação. Cresce o mestre, nasce o eterno sábio. Cresce o aluno e começa a nascer o mestre. É um caminhar que vai da dependência para a autonomia, na longa jornada da vida. Se fizermos um giro da esquerda para a direita da letra “m”, obteremos a letra “E” do ensinar, do estudar, da escola, da educação e etc. Como decifrador de símbolo este é o meu modo de ver as coisas, pois, cada um tem seu estado de consciência para compreendê-los dentro de si. Se olharmos para o centro do “m” em verde do diagrama, podemos notar que ele forma um esboço da letra Asem o traço central. É o aprendiz de “capuz” carapuça, também nome de um rio da região da alta Mantiqueira, indicando que aos poucos o mestre irá despertando o potencial do seu aluno através do conhecimento. Faço agora a última analise deste símbolo. Há um triangulo na parte superior e um quadrado logo abaixo, figura esta que lembra uma casa, um tempo, porem mais do que nunca uma escola. Não sei porque, mas a parte superior não esta encaixada na parte inferior. Pensando em termos humanos, talvez seja porque ainda não atingimos a integração do corpo, alma e espírito. É um bom motivo para reflexão. Se pensarmos em termos de educação, talvez nos indique que escola, família e sociedade tenham que assumir papéis de coresponsabilidade nesta linda magia que é o papel da educação na transformação do ser humano. O que nos indicaria as letras “?DPMP” que estão espelhados, pois, é o reflexo do que está em cima ou lei de polaridade, porque tudo tem seu pólo e a educação não seria diferente e, os mestres escrevem nas entrelinhas para quem souber ler o certo por linhas tortas.  O “D” em algarismos romanos é 500. O “P” é a 21ª letra do alfabeto. O 21 é o símbolo da libertação, tudo a ver com a educação que liberta o ser humano do seu estado apedeutico. Porem se retirarmos a letra “k” porque podemos substituir pelo “C”, o “p” passa a ser 20ª letra. Aquele símbolo no meio, lembrando a letra “m” pode ser a soma de um símbolo egípcio caracterizado pela letra “n” e tem o valor de 10. Logo, se ele está repetido duas vezes, deve valer “20”. O  “P” represente uma pessoa em pé. Isto nos leva a pensar em caminhar em direção a alguma coisa, portanto passar vinte vezes ou mais, talvez 500. Se isto foi profetizado há tanto tempo, com certeza merece mais reflexão, tendo em vista o próprio símbolo do livro que carregava o mestre conhecido como Lorenzo. Livro é conhecimento posto em prática, já Lorenzo é o mesmo que lourenzo, aquele que traz os louros, a coroa dourada da sabedoria. Coroa esta que deve estar presente na cabeça de cada educador como símbolo daquele que é o portador desta sabedoria, para que possam semear na cabeça de seus aprendizes. Assim dou por terminado meu trabalho e que cada um busque em si mesmo a aprendizagem, que nos deu tão pequeno lugar encravado nas altas terras da Mantiqueira.

Os fatos aqui narrados compõem um mito, como forma de passar um conhecimento tão importante vivenciado por Passa Vinte-Mg. Sem duvida alguma um exemplo a ser seguido, que enobrece a educação e como diz o seu prefeito Tales Antonio da Fonseca: “Temos ciência que com poucos recursos e muita criatividade estamos valorizando o principal ator do processo, o professor”.

O empreendedor não vê obstáculos, ele vê oportunidades. Ele está presente em qualquer lugar e seu principal objetivo é investir no capital humano através da educação de qualidade. Tales conclui: “Embora investir em educação não seja um mérito, mas sim, uma obrigação, notoriamente percebe-se que a mesma não tem sido prioridade dos Governos”.

A educação oferece ao ser humano as condições para que, com toda dignidade possa aprender a pescar por seus próprios méritos. Isto significa independência, porque um homem sábio não dá prejuízo e sim traz riqueza para seu país. Ele caminha com seus próprios pés, porque os olhos vigiam o caminho e a boca sonoriza os verbos de ação transformando espinhos em flores ao longo de sua jornada. Da mesma forma estão de comum acordo as palavras da profª Simone Aline Machado, secretaria de educação de Passa Vinte: “Devemos buscar, primeiramente, uma mudança no interior do nosso “eu”, fazer uma verdadeira imersão em nós mesmos para que consigamos ter um olhar ainda mais especial com relação às questões educacionais”. Estes fatos caracterizam o que é um empreendedorismo de fora para dentro, porque quando em contato como nossa essência, podemos fazer de forma mais tranqüila, o trajeto de volta, de dentro para fora: REALIZAÇÃO (real+ação).

O prof. Celso Antunes diz que: “O grande educador é um educador competente, e não o educador inspirado. Por que a inspiração, você pode conquistá-la sem esforço, mas a competência se desenvolve”.

Realmente a inspiração (o contato com nossa essência), muitas vezes, não precisa nem de 10%, mas a prática é transpiração que exige muito trabalho, dedicação e assim nascem as competências.

O enigma deixado pelo Mestre Lorenzo nos remete a esta inspiração, um mergulho no interior de si mesmo, para depois se voltar à pratica.

O prof. Henrique José de Souza disse, “que o homem não é sábio porque sabe, é sábio porque ama”.

Apesar de muita gente achar que amar é só inspiração, o amor é mais prático do que se possa pensar. Você consegue imaginar um professor em sala de aula que não ame seu trabalho, e que seja incapaz de ver em cada criança um semear de esperança? Professor, educador lembre-se de quem você É, do seu papel na arte de transformar pessoas em estrelas luminosas. Como diz a profª Gilza Moura Pedrosa, criadora do método de alfabetização GMP: “o verdadeiro professor tem que ser primeiro, mestre”.

O mais difícil desta tarefa, é tornar-se mestre de si mesmo e, se quiser podem chamar a isto de inteligência intrapessoal. O lá fora, sem o aqui dentro conduz nos a um pseudo autocrescimento.

Façamos deste nosso Brasil um verdadeiro teatro da vivenciação, um templo de meditação e uma escola da vida, como tem feito Passa Vinte, com seus 2.164 habitantes, ao longo de seus quatro seminários de educação. Assim existem outros exemplos neste nosso imenso e querido Brasil, como prefeituras e SRE`s (SER, mera coincidência?) de Minas Gerais. Em apenas três dias passaram por ali mais de 500 educadores no seu ultimo evento, aproximadamente 25% do total de sua população.

 Pouco importa o tamanho da sua cidade, de sua escola, dos recursos, VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA... Não permita que o mercenarismo tome conta da educação, amar o que fazemos não é excluir pelo valor financeiro, mas em primeiro lugar incluir o Ser humano. Creio que quando se trata de impor restrições à aquisição do conhecimento, o crime será de lesa humanidade.

Escrevi em um dos meus livros uma frase, que nenhum de nós (os profissionais da educação) gostaria de tê-la que responder diante de nossa própria consciência no dia final: “Por que você não fez o que PODERIA ter feito”. Não há como se justificar. Todo educador consciente do seu papel age todos os dias em sua escola, como um Semeador de estrelas de amor e sabedoria, porque "o verdadeiro professor tem de estar disposto a ouvir, a aprender...", diz Aluysio Robalinho. O ensinante que não se tornar aprendente, dificilmente chegará a ser um Mestre.

A criação desta história é uma forma simbólica de homenagear todos os educadores (mestres) de Minas gerais e do Brasil, porque por onde passa 20 passa 500 ou mais.


DESCRIÇÃO DO SIMBOLO
1. uma montanha cujo formato lembra a letra “m”, com seu reflexo espelhado como num lago.
2. nesta montanha encontra se projetado sobre ela um símbolo que lembra ao mesmo tempo a silhueta da cabeça e tronco de uma pessoa como se estivesse usando um capuz(carapuça), em contorno na cor verde, refletido abaixo na cor vermelha.
3. na parte superior do desenho do lado esquerdo há um símbolo em árabe que é o número 3, mas quando invertido é a letra “M” e do lado direito uma coruja (símbolo egípcio) que também traz dentro de si a letra “m”.
4. Na parte superior há um triangulo (contorno verde) com as letras AME, uma letra em cada vértice. Abaixo dele há um quadrado em contorno vermelho.
5. Na parte inferior refletida, logo acima do símbolo do capuz esta gravado as incrições: ?DPmP e estas letras estão espelhadas.



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