*Carina Márcia Dahmer
ILEGALMENTE BRASILEIRO
Choque de culturas: um certo Brasil em face de outro; de outra face do mesmo; nessa imensidão que separa pessoas de um mesmo povo...nessa imensidão chamada desigualdade social.
Ela é forte, dificilmente algo a abalará; ao contrário, está sendo bem alimentada, por políticas públicas falsamente sociais (não esqueçam que o pé-de-meia que Lula está fazendo as nossas custas é bem maior que todo e qualquer bolsa ou auxílio-alguma-coisa) e, é claro, por um “senso comum” hipocritamente desenvolvido para manter a elite brasileira alheia às crises marginais, as quais ocorrem porque esses marginais estão à margem (ah!) dela, por responsabilidade dela, sim. Tal conclusão é óbvia, mas quem disse que temos a cultura de saber obviedades, principalmente quando a “novela das 8” insiste em contrariar o significado lógico e real dos acontecimentos em nosso país?
Esse buraco existente entre ricos e pobres só tende a crescer, já que o sensacionalismo com que encaramos as dificuldades de quem vive num Brasil sub – de subemprego, subumano, de subsistência – nos faz cavar mais e mais, assegurando a segurança de um contra a miséria de muitos. Esse buraco, muito pior do que aquele aberto, irresponsavelmente, na estação do metrô em São Paulo, está sendo cavado há anos, por nossa responsabilidade e vontade, pelo qual a “opinião pública” não se alvoroça para dizer: “oh, que absurdo!”.
Temos diversos “brasis”, mas são os contrastes que cada um deles tem entre si, aceitadamente impostas pela/para a população, que revelam a imensidão criada entre os supertrabalhadores e os que têm muito dinheiro. E a política é milenar: tudo pelo povo, nada para o povo.
*Estudante do Curso de Direito da FURG
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