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Coluna do Leitor

25/04/2006

A BIBLIOTECA INCUMBIDA NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO CULTURAL DOS CIDADÃOS DE BAIXA RENDA

Ainda são escassas as entidades de cunho cultural que disponibilizam serviços gratuitos aos cidadãos de baixa renda mesmo aquelas taxadas como “públicas”. Visto que todos contribuintes tributários são detentores de direitos e deveres cíveis e a cultura é parte indispensável para formação do cidadão crítico, questionador e formador de opiniões, é fato que absolutamente todos esses devem ter como prioridade uma educação de qualidade e é de domínio público que a leitura é atividade indispensável para esse objetivo.

A instituição biblioteca exerce um papel preponderante no processo de suprimento informacional aos mais pobres, atividade essa deixada como uma lacuna pelos  governos que empregam a cultura no seu programa. Lamentavelmente, essa ainda é vista como secundária, sem importância, ou ainda, como simples lazer. Tudo isso, sobrecarrega a biblioteca de atividades na qual não era, em um primeiro momento, seu foco principal mas que acaba por exercer -- a sua faceta de prestação de serviços às comunidades.

 Buscando a origem e razão da distância formada entre a biblioteca e os cidadãos de baixa renda, justifica-se ao fato dessas mostrarem-se inacessíveis, pois torna-se difícil o indivíduo deslocar-se à biblioteca, sendo que esses cidadãos mais humildes  residem, na sua maioria, em bairros periféricos, longe dos grandes centros.

Uma alternativa à essa questão, são as bibliotecas comunitárias, mas nesse caso, trata-se de uma medida emergencial pois essas não dispõem de serviços satisfatórios, pessoal preparado e materiais adequados. Isso pode gerar um efeito contrário, alargando ainda mais a distância entre entidade e leitor pois desta forma não há incentivo e abordagem de maneira correta.

O primeiro contato que a comunidade de baixa renda tem com livros são nas bibliotecas escolares da rede pública. Daí a importância desse centro contar com profissional bibliotecário, pois somente esse tem orientação para instruir seu usuário no incentivo à leitura seja essa de forma direta, através de intervenção, orientação e indicações bibliográficas ou indireta, por meio de promoções de eventos ou simplesmente prestando serviços ágeis e eficazes e dessa maneira despertar gosto e hábito de leitura, atividade essa que pode prolongar-se por toda vida do indivíduo.

Em um planisfério mais generalista, as bibliotecas brasileiras tentam acompanhar os avanços tecnológicos computacionais impostos pelas grandes potências mas nota-se uma carência de elementos básicos, tais como livros adequados, fontes especializadas, ferramentas de auxílio, obras de referência, ficando em segundo plano a progressão informacional nas bibliotecas brasileiras, distanciando ainda mais a rapidez de disposição e recuperação informacional.

Outro ponto de digna observação são as políticas de aquisições das bibliotecas como um todo. Nas escolas, centros acadêmicos, setor privado, as bibliotecas dificilmente voltam-se o enfoque à comunidade de baixa renda. Gerando um desinteresse aos mais necessitados de mais meios de saída da defasagem de informações.

Tendo como exemplo outros segmentos contemporâneos, o enfoque das entidades é sempre voltado para lucros e rendas, mas pouco se sabe que a verdadeira riqueza está contida na disposição de ensinar, aprender e evoluir seja esta através de livros ou não e somente com essa progressão dissipar a barreira da ignorância. Mas ao que parece, esse obstáculo ainda não foi transposto pelos gestores das políticas de incentivo à cultura.


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