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Coluna do Leitor

19/04/2006

BRASIL RETRô

A história do Brasil começou há 506 anos, ou melhor, o nascimento de um Brasil civilizado se deu desde então, pois aqui já havia um povo; o povo indígena brasileiro.

            Vieram os portugueses e espanhóis e civilizaram este país recém – descoberto, trouxeram para cá animais (vacas) e pessoas (padres, principalmente). Levaram daqui nossas árvores, nossas plantas, a nossa dignidade, e assim nos criamos e desenvolvemos, em meio a ordens estrangeiras, à destruição de nossa natureza e de nosso povo.

            Fomos catequizados, aprendemos a usar roupas e, entre as lições mais importantes, está a de nos acostumarmos com a idéia de que devemos obedecer aos desmandos de países considerados mais ricos e desenvolvidos, econômica e intelectualmente, os realmente “civilizados”.

            Estamos no ano de 2006 e continuamos crescendo. Aprendemos sobre as leis de mercado, sobre comércio internacional, sobre os mecanismos utilizados para guerrear, sobre a fome na África, sobre a fome no Brasil. Utilizamos, muito freqüentemente, a Lei de Talião, naqueles momentos em que fingimos estar cooperando com nossos vizinhos globais. Continuamos tomando a lição de que há sempre um país que deve exercer a dominação sobre os demais, ao mesmo tempo em que tentamos copiá-lo, com o intuito de nos tornarmos tão civilizados quanto ele.

Os Estados Unidos da América, conhecidos na América Latina como “americanos” (o que sobra para nós?), invadem o Afeganistão; o Iraque. Eles atuam dessa forma porque vislumbram ser o único caminho para civilizar tais países, torná-los democráticos, na mesma medida em que foram aqueles na decisão da invasão e se, por um lapso temporal, trazem sofrimento e prejuízos de toda a sorte a esses povos, não terá sido este o fim almejado, o qual encontra-se hipocritamente mascarado. Aliás, este é apenas o caminho mais acessível para um país “dominante e civilizado” impor aos “diferentes” a civilização, tida como sustentáculo para a economia mundial, o que, segundo os estadunidenses, levará a todos ao verdadeiro desenvolvimento.

            Há cerca de 500 anos, fomos enganados pela então nação dominante e poderosa, a qual, sobre o pretexto de civilizar-nos, extraiu de nossas terras e do nosso povo todas as riquezas possíveis. Não obstante essa afronta, a conseqüência mais trágica desse engano foi terem implantado, em nossa concepção de nação, que somos fracos e dominados. Em 2006, a história continua a se repetir, seja com o Brasil, o Afeganistão, o Iraque. Estamos mantendo a história infeliz de nossa formação global viva. E viva ao retrocesso!


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