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22/03/2006

Sobre buzinas e tacapes

Imagine como nossa vida era difícil durante a idade dos metais - 4 mil a 3 mil e quinhentos anos a.c:

Um homem forte podia carregar num dia de caminhada, a carga máxima de 40 quilos, além do seu próprio peso. Mas é claro que lá para 5000 a.c com a domesticação de animais, capacidade de carga no lombo de bestas aumentou para 100 quilos.

Como o peso era grande o animal deveria estar em boas condições, e mulas empacadas e cavalos preguiçosos deveriam ser tão comuns como são hoje.

É aí que entra a genialidade humana. Seja estudando o movimento do Sol como afirmam uns, seja vendo pedras rolarem no chão como eu acho que tenha sido, finalmente nossos ancestrais descobriram a tal da roda.

E aí foi aquela febre: eram madames primitivas usando brincos de argolas pra cá, era criança pré-histórica jogando jogo jogo-da-velha pra lá. Resumindo, a roda ficou popular.

Não deve ter demorado muito para os trogloditas mais inteligentes construírem suas primeiras carroças. E o pior não deve ter tardado a acontecer: centenas de mortes por atropelamento por carroças de boi.

 

Corte para o presente:

 

Estava eu andando sozinho em um bairro distante da faculdade. Como toda caminhada em terreno desconhecido, é fato que temos de prestar atenção em todos os pontos de referencias, placas, e novas ruas. Afinal, quem gosta de ficar perdido?

E quando eu pensei que todas as ruas eram de sentido único, eis que me deparo de frente para um pequeno caminhão. Eu juro que teria enfrentado uma experiência de quase-morte se não fosse um detalhe que os homens das cavernas deixaram escapar:

 

A buzina.

 

E foi uma senhora buzina. Buzina de caminhão.

Quase morri de susto. E morrer de susto após ter evitado um atropelamento seria vergonhoso. O que escreveria na minha lápide? “Pedro Moreno. Tão atento que foi morto por um sinal de aviso” soaria meio imbecil.

 

Passei o resto da tarde pensando em buzinas.

Buzinas de fuscas são engraçadas.

Buzinas de navios não funcionam. Se funcionassem o Titanic teria se livrado do famoso iceberg.

 

Sabe no que mais eu pensei? Nós homens, no decorrer dos anos, desenvolvemos mais uma utilidade para buzinas: Mexer com mulheres no transito.

Vocês já pararam para pensar como esse ato é idiota? Você está lá, no meio da rua e buzina para uma mulher bonita. O que você quer em troca? Que ela pule em seu carro e monte em você?

Levemos em conta que quando buzinamos em alta velocidade para uma bela mulher, as chances dela localizar o seu carro são quase nulas. Isso é claro, se ela se der o trabalho de querer procurar quem é o machista repugnante que a trata como mulher-objeto.

 

Não que eu esteja dizendo que nunca fiz isso, pois isso seria hipocrisia de minha parte.

Muito pelo contrário. Que esse texto de hoje sirva como um manifesto e pedido de desculpa masculino. Eu estou aqui pedindo desculpa, pois o ato de apertar a buzina para vocês mulheres, é algo que jamais conseguiremos controlar.

 

Acho que buzinar é um ato mais que inconsciente, buzinar é uma reação primitiva. Devemos esse fardo aos nossos antecessores. Eu sei que é um desrespeito para com as mulheres que andam na rua, mas em uma coisa vocês têm de concordar: Nós estamos melhorando.

 

Afinal, se há muito tempo atrás nós usávamos tacapes e arrastávamos as mulheres pelo chão, hoje em dia uma buzinadinha não machuca ninguém.


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