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08/03/2006

Sobre Nomes e Rostos

Dentre as situações mais embaraçosas que as pessoas tem de passar durante o dia, a que eu mais gosto é a de esquecer nomes importantes.

De fato, a nossa memória para rostos e traços faciais é infinitamente melhor que nossa memória para nomes. Quantas histórias sobre pessoas que não lembram o nome de outras pessoas nós escutamos diariamente? Ou melhor, quantas vezes você fica sem graça quando esquece o nome de seu colega de trabalho ou de algum conhecido?

Aposto que a resposta tenha sido “Muitas vezes” para ambas as perguntas.

A reação natural de qualquer pessoa esquecida é unânime: Continuar conversando até que algum detalhe ou situação o faça lembrar o nome do “fulano”. Esse tipo de técnica tem uma probabilidade de sucesso muito alta. Na maioria das vezes a pessoa acaba comentando sobre alguém que você lembra o nome, e num estalo, o link se faz na sua cabeça e você lembra o nome esquecido em menos de 30 segundos.

Mas usar a técnica “continue-falando-até-eu-conseguir-lembrar-seu-nome” tem o seu calcanhar de Aquiles: Ela deixa a guarda aberta para a outra pessoa que participa do diálogo, cujo nome você pode não lembrar.

O pior de tudo é que a dúvida sempre anda de mãos dadas com a incerteza, sendo esta facilmente captada através da forma de falar do inseguro. E se a pessoa notar um pingo de insegurança em seu semblante, e posso lhe garantir que ela notará, a pergunta fatídica não tardará a ser feita:

 

-         “Você não lembra meu nome não é?”

 

Na minha opinião, o errado não é aquele que esquece o nome. Errado é aquele que não foi lembrado.

Não sei qual seria o verdadeiro motivo – já cheguei até a pensar em egocentrismo -, mas o que há de mais comum nas pessoas é partir do pressuposto, errôneo na maioria das vezes, de que todos nós somos inesquecíveis. Deixo claro que não estou afirmando que somos insignificantes o suficiente a ponto de não sermos lembrados, mas tudo tem o seu limite.

Nós, pessoas normais, não somos perfeitas a ponto de lembrar de tudo e de todos. Apesar do que dizem nossos livros de biologia de segundo grau, nosso cérebro não é uma máquina perfeita. Imagine a sobrecarga cerebral que teríamos se lembrássemos de todos os nomes durante todo o tempo?

- Seria estranho demais andar pelas ruas usando um crachá com meu nome?

Mudo meu discurso sempre que encontro um amigo de longa data. É pensando no outro que sempre faço minha parte no início da conversa:

 

- “Olá, meu nome é Pedro Moreno. Você se lembra mim?”


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