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Procurando o tom

08/04/2006

Riding in cars with boys...

‘Riding in cars with boys’ brilhantemente traduzido como ‘Os garotos da minha vida’ (2001) é um filme que sempre me chamou a atenção.  A produção cinematográfica, estrelada por ninguém menos que Drew Barrymore, conta a história de uma menina que engravida no auge dos seus 15 anos, na década de 60 em uma cidadezinha dos EUA.

 

Beverly vê todos os seus planos irem por água abaixo quando seus pais obrigam-na a casar com o namorado maconheiro que ela conheceu há poucas semanas. A menina D'Onofrio queria ir para a faculdade e se tornar uma grande escritora, no entanto, acaba ficando as voltas de um filho, de um marido drogado e de uma casa cheia de afazeres, que ela não faz a mínima idéia por onde começar a realizar.

 

O filme mostra tantas cenas de manifestações de carinho como em ‘Love Actually’ – Simplesmente Amor – mas as demonstrações de amor presente em ‘Os garotos da minha vida’ são bem mais sutis, são para almas bem mais sensíveis.

 

Têm duas partes no filme que estou comentando que me desconcertam. Uma delas é a amizade entre Beverly e Fay, algo de emocionar todas as mulheres que tiveram a oportunidade de eleger a ‘number one’ dentre as amigas do colégio.

 

A outra parte, é um diálogo entre Beverly e Fay sobre o amor. Beverly sabe que o filho veio na hora mais errado do mundo, tem consciência de que o pequeno Jason acabou com sua carreira, com sua credibilidade junto à família e até com o sonho de ter uma filha menina, enfim, com tudo que ela considerava importante antes de concebê-lo. Sendo assim, ela comenta com Fay que não sabe se ama Jason verdadeiramente ou se só o ama porque é obrigada a amá-lo, tendo em vista que ele é seu único filho.

 

Fay responde a Baverly dizendo que ela tem esse tipo de dúvida porque no fundo sabe que se for amar Jason com todo o seu coração, ela simplesmente não agüentaria.

 

Eu acredito piamente nisso. Tem pessoas em nossas vidas que nós amamos tanto, tanto que se um dia parássemos para sentir todo esse amor, nós não agüentaríamos.

 

E podem acreditar, isso geralmente é possível, justamente com aquelas pessoas que nós nos perguntamos se amamos por amar ou amamos porque devemos.   

 

O amor tem muitas facetas, é muito mais fácil amar alguém do que se imagina e olha que eu não sou uma pessoa de muitos ‘eu te amo’.

 

Mas dentre as pessoas que nós achamos, que amamos porque temos amar, e aquelas que nós amamos só por amar, ninguém consegue ser mais complicado do que aquelas que nós não sabemos por que amamos. Nem nos meus ápices de racionalismo eu posso, infelizmente, negar a existência desse grupo.

 

Essa categoria faz a gente se comportar de maneira estranha. Nem nós mesmos nos reconhecemos perto das pessoas que a gente ama e não sabe por que ama.

 

Um dia nós dizemos que nunca mais vamos ligar, mas basta aquela palavra, aquele pequeno gesto de carinho para que a única certeza passe a ser a necessidade de que aquela pessoa nunca mais vá embora.

 

A gente costuma lidar com o elemento que a gente ama e não sabe o porquê de uma maneira bem diferente daquela que lidamos com qualquer outra pessoa. Talvez porque no fundo a gente queira achar uma razão para justificar aquele amor, talvez porque a gente queira simplesmente se convencer de que o amor não faz assim, ele pode fazer muito melhor...


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