Caros e fraternos amigos, nunca acreditei em “coincidências”. Sempre defendi a ideia de que elas ocorrem devido a assistência divina que age amorosamente em nossos cotidianos, possibilitando-nos o burilamento interior e ascensão espiritual. Desta forma, neste artigo ilustrarei minha assertiva com uma história que me ocorrera há alguns dias. Que Jesus nos auxilie durante o transcurso destas humílimas palavras.

Numa quarta-feira à noite, terminada a fluidoterapia na sociedade espírita que freqüento, dirigi-me a sua livraria com o intuito de despedir-me dos irmãos que ali se encontravam, sem intenção de adquirir, naquele momento, algum material. Entretanto, ao passar meus olhos pelas estantes repletas de obras espíritas, deparei-me com um sublime livro que tinha por título “LEVANTA-TE E ANDA...”, da autora Cenyra Pinto. Imediatamente, mergulhei na imensidão de meus sentidos extra-físicos ao ler a contracapa, que dizia: “Lazaro, levanta-te e anda. Com estas palavras, Jesus dirigiu-se a Lázaro, considerado perdido para a vida dos homens. Envolvido na roupagem daqueles que partiam deste mundo, Lázaro obedeceu ao Mestre: despertou e levantou-se.” Confortado pelo caráter renovador de tal livro, comprei-o, e só então pude despedir-me e regressar ao meu lar.

O que muitos poderiam chamar de “coincidência” é que, ao chegar em casa e sentar-me na sala ao lado de meus amados pais, presenciamos uma cena emocionante: num determinado programa televisivo, um rapaz paraplégico fazia uma apresentação artística que impressionava pelo seu esforço e desenvoltura. Mesmo sem parte dos movimentos, ele dançava, fazia acrobacias e piruetas equilibrando-se em cima de sua cadeira de rodas, sempre com um sincero e renovador sorriso que fez com que a platéia aplaudisse veementemente sua apresentação.

Isto me fez refletir a respeito de alguns momentos de minha vida, onde – ao deparar-me com certos problemas – deixei a dúvida sobrepor-se a minha Fé raciocinada. Unindo o título da obra de Cenyra com o que nossos olhos acabavam de presenciar, indaguei a mim mesmo: quantos de nós esquecemo-nos de buscar no íntimo de nossa alma o ânimo necessário ao refazimento diante da queda? Quantos de nós deixamos de adquirir o hábito da prece, entrando em comunhão com Deus, força suprema de tudo que existe? Quem sempre teve a calma necessária ao soerguimento individual quando se sentiu tocado pela dor, angústia ou outra desagradável sensação? Diante da depressão ninguém conseguiria a retomada da Paz e da amplitude dos sentimentos se não tivesse, sequer num momento da vida, pedido a Jesus o amparo e a luz necessários para seguir em frente.

Mesmo sem ainda ter feito a leitura desta coletânea de mensagens que elevam a alma ensinando-nos a enfrentar o medo que desfalece nosso desejo de viver, já me senti tocado pelos flúidos luminosos que emanam do Alto e encontram nossos corações desejosos da Verdade do Cristo. Peço, amorosamente, a cada um que lê este artigo e se encontre envolvido pelo desânimo e pela dúvida, que também busque em Jesus, o maior Médico que a humanidade pôde conhecer, a cura definitiva de seus males, sejam físicos ou espirituais. Sentindo-se fragilizado, apóie-se no amparo zeloso de Deus e peça ajuda aos Espíritos Protetores. Jamais permita que seu corpo padeça sem que seu Espírito tenha ao menos se esforçado para romper os grilhões da inércia. Lembro-me de uma frase de Martin Luther King Jr. que dizia: “A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.” Avancemos, queridos irmãos, amando e construindo nossa fortaleza interior, superando as dificuldades e avançando na direção da felicidade.