Caros e fraternos irmãos, a imensidão do caminho inspira-me a escrever frases dulcificantes e amorosas a respeito da Doutrina Espírita. Diante das três bases em que se fundamenta – científica, filosófica e religiosa – nos esclarece diante dos desatinos da vida, iluminando a mente obscurecida ao longo dos séculos passados e proporcionando, através da prática do Amor fraterno, nossa evolução espiritual. O primeiro nome lembrado quando se pensa o Espiritismo é o de Allan Kardec, missionário pedagogo nascido em Lion na França que se dedicou no estudo dos fenômenos mediúnicos e codificou, numa atitude de inatingível desprendimento, a linda doutrina revelada pelos Espíritos Superiores em moral e intelectualidade. Hipolyte Leon Denizard Rivail – que adotara o pseudônimo de Allan Kardec – trouxe à sociedade terrena ensinamentos que enobreceriam o caráter do ser humano, tendo como lema: “Fora da caridade não há salvação”. Dando continuidade a sua tarefa, surgiria no Brasil, outro expoente da Doutrina dos Espíritos, homenageado nestas simples e sinceras palavras.
Poucos anos após o desencarne de Kardec, nascia
Muitas são as histórias contadas por pessoas que conviveram com Chico ou que apenas tomaram conhecimento de determinados fatos de sua vida, transmitindo hoje um pouco das ações lúcidas e fraternas deste expoente espírita. Há alguns dias, conversando com um grande e bondoso amigo chamado Irmão Glênio – devotado trabalhador da Umbanda Universal e também admirador deste genial mineiro – soube de um fato que me fora narrado assim: Certa feita, Chico passava pela rua quando levou uma pedrada. Sem querer saber o motivo, ele pegou a pedra no chão e, devolvendo-a a quem lhe atirara, disse: “Você a atirou em mim, sem que eu tenha lhe feito algo. Você acertou seu alvo, mas me deu algo que não me pertence. Esta pedra não é minha. Tome de volta amigo, ela é sua”. Diante de inconfundível caráter e ilibada moral, reflitamos todos em favor da vida e do perdão, em não retribuirmos o mal com o mal.
Chico Xavier, o menino matuto de Pedro Leopoldo, tornar-se-ia um ícone no cenário espírita brasileiro. Seu jeito encantador e amável de ser, levaria este nobre espírito ao coração de milhares de brasileiros, que aprenderiam, com seu exemplo de disciplina, trabalho e Amor, a buscar nas suas comunicações psicografadas o alento para as dores da despedida diante da morte do corpo físico. Chico estava sempre disposto a ouvir diários murmúrios e desabafos, presenciando as lágrimas que desabavam dos rostos aflitos daqueles que buscavam nele a consolação e resposta para suas dúvidas no campo além-túmulo. Consciente que estava do dever cumprido com dignidade e retidão de caráter na sua iluminada passagem pela Terra, regressou a grande Pátria Espiritual no ano de 2002, diante dos festejos da conquista de mais uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira de futebol. O velho Chico seguia adiante em sua evolução, fazendo-nos compreender melhor a frase de Kardec: “Fora da caridade não há salvação.” Que a Luz e a Paz estejam presentes.