Onde Estamos
  • Rio Grande
    (53) 3233-8388
  • Cassino
    (53) 3233-8388
  • Pelotas
    (53) 3272-1888
Colunas

 
Escolha uma Categoria:

Comportamento

19/10/2001

Ser ou não ser?

A espontaneidade provoca nas pessoas as reações mais diversas, desde um sorriso até a repulsa ao ato... Os espontâneos, em excesso ou não, e as pessoas que os cercam que digam. Um comentário na hora errada, uma gargalhada distraída ou uma palavra mal colocada povoam a atmosfera dos mais variados lugares, reais e virtuais. E os contrários que me desculpem, mas tudo isso é muito bem vindo e divertido.

A questão não se resume apenas em ser ou não ser espontâneo, alguns o são sem perceber, enquanto outros tentam cultivar tal hábito e tantos outros tentam controla-lo. O que questiono é como esse comportamento é recebido pelas pessoas. Ser ou não ser receptivo aos espontâneos? Como lidar com tais situações? Censurar? Sorrir? Ser indiferente? Afinal, nem sempre a espontaneidade é agradável, e mesmo que ela não seja, vale ressaltar que não é proposital. Quem nunca deu um fora daqueles memoráveis numa explosão de espontaneidade?

Pois, pra mim, não existe época da vida de maior espontaneidade como na infância. As crianças falam do que as cerca com grande naturalidade, surpreendendo os adultos mais sisudos. Sem contar quando elas entregam os grandalhões, relatando sem nenhuma malícia o que ouviram. Pior, quando o que elas falam, por um mero acaso, é sobre a pessoa que está ouvindo-a. O resultado é sorrisos amarelos e desculpas em forma de remendo. "Crianças!!! Não sei de aonde elas tiram essas coisas." Quem ainda não presenciou tal fato, vai acabar vivendo algo do tipo mais cedo ou mais tarde.

Pois, esses tempos, ao conversar com crianças das mais variadas idades, ouvi diversos relatos que sugerem sua natureza de expressar opiniões sem menosprezar o que elas acreditam ser normal. As respostas variaram entre elogios e críticas, com toques de humor que merecem ser guardados de modo especial, considerando-se que a tendência é esse tipo de comportamento diminuir. "Onde teus personagens viveriam? -Em Rio Grande, como eu... Eles entrariam na casa da bruxa? -Claro que não, eles não são burros... A tua casa seria feita com que doces? -Ela seria de concreto, para as formigasnão comerem... O que tu achou disso? -Muito sem graça, é educativo de mais...".

Nessas circunstâncias, os atos espontâneos já começam a ser podados pelo mundo adulto. Dizer que gostou do presente, mesmo sem ter gostado. Sorrir para quem contou a piada, mesmo que ela seja sem graça. Rir de maneira mais moderada. Também tem aquela de não falar tudo que ouve. Às vezes acredito que essa última, como tantas outras, é mais um dispositivo de segurança para os adultos.

Ainda bem que sobram uns resquícios da infância, assim podemos continuar mantendo traços de espontaneidade com a desculpa de que sempre é bom liberar um pouco da criança que existe dentro de nós. Correndo o risco de dar boas gargalhadas com isso!

Artigos Anteriores
Índice de Artigos
Clique Alimentos Pedofilia na Internet, DENUNCIE! Racismo na Internet, DENUNCIE!

aaa
Internet Sul