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Arquitetura

13/04/2002

Projeto de impermeabilização das torres da igreja matriz

O mosaico externo de chapinhas de pedra-sabão que dá aquela cor esverdeada à estátua de 30m de altura do Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, recebeu um tratamento especial com silicone, aplicado pela empresa química Wacker, de Munique, Alemanha. Depois da impregnação das placas de pedra-sabão com silicone o Cristo Redentor voltou a irradiar novo brilho no alto do Corcovado. Com a ajuda de silicone também foi possível deter processos de ruínas no Capitólio, em Washington, em mohais, as famosas e intrigantes estátuas de basalto da Ilha de Páscoa, na Polinésia, ou na casa onde nasceu Mozart, em Salzburgo, na Áustria.

O anúncio feito por frei José Francisco Giribone de que as torres da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo terão projeto de impermeabilização nos próximos meses, elaborado com o apoio técnico do engenheiro Ronaldo Ortiz Cunha, do Departamento de Materiais de Construção da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, é muito importante Em primeiro lugar porque consolida a tradição da nossa Furg no apoio técnico a cada uma das ações de preservação do patrimônio construído da nossa cidade. Em segundo lugar porque aos poucos está se firmando o entendimento de que é imprescindível a manutenção de seus monumentos para a identidade de uma comunidade. Em terceiro lugar porque por negligência poderíamos correr o risco de perder nosso título de Cidade Histórica Patrimônio do Rio Grande do Sul. Em quarto lugar porque tais iniciativas de restauro ou proteção ao se repetirem, a pouco e pouco mudarão a mentalidade dos cidadãos comuns, das nossas lideranças e dos nossos políticos.

No momento em que pretendemos explorar o chamado Turismo Cultural mister se faz identificar, cadastrar, tombar, elaborar projetos, restaurar e proteger nossos prédios.

A poluição atmosférica ataca quimicamente as edificações de concreto armado, os rebocos dos prédios e até os elementos erigidos em pedra, como acontece com as catedrais góticas da Europa, onde as caras das esculturas vão aos poucos perdendo seus traços marcantes.

Num ambiente como o nosso onde à atmosfera industrial soma-se o ar salitrado do mar, mais sacrificados são os prédios e em especial seus elementos mais elevados. Como por exemplo as agulhas das torres do Carmo que a partir das suas bases colocadas acima dos campanários, conforme todos pudemos notar ao termos a atenção despertada para elas no momento das suas demolições em nome da segurança, alteiam-se 17 metros.

Na sua reconstrução pela firma Dimtec Engenharia e Tecnologia do Concreto Ltda. ao final dos anos 80, sob a orientação do Engenheiro Civil Jorge Luiz Oleinik Nunes, foi utilizado um concreto bem compacto com fator água/cimento menor que 0,45, bem fechado e com recobrimentos adequados das armaduras de ferro para protegê-las da corrosão química proporcionada pelas presenças de oxigênio, de gás carbônico e de água, num ambiente de ar úmido. Teoricamente, após sua reconstrução, pelos cuidados que foram tomados, o gás carbônico não mais conseguirá atingir as armaduras de ferro das torres e das agulhas. Mas a sua proteção por impermeabilização em nossas condições atmosféricas tão adversas será uma cautela suplementar.


Arquiteto Oscar Décio Carneiro
Presidente do Núcleo Cidade do Rio Grande do Instituto de Arquitetos do Brasil

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