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11/02/2006

Volta à lagoa da Ilha dos Marinheiros

Os lambaris adoraram as bolachas de chocolate. Sei que não deve ser uma dieta muito boa para eles, mas era o que tínhamos. Faziam parte da merenda do João Pedro que estava tendo seu primeiro encontro com a lagoa da Ilha dos Marinheiros. A quantidade de peixinhos, a água cristalina recoberta de delicadas flores brancas, um céu azul, temperatura amena e muitas garças nas margens armaram uma bela recepção para a quarta geração da família a freqüentar aquelas paragens.

No Porto do Rei, só que desta vez chegando de carro, cruzamos a chácara de sempre até alcançar a duna. No trajeto os canteiros de couve, alface, cenouras e outras hortaliças, lembrando o grande centro de abastecimento que foi a ilha em velhos tempos. Senti falta do cheiro do alambique e do estábulo. Também as parreiras carregadas não estavam mais lá. Adiante, antes do taquaral, um chiqueiro tradicional e no final da trilha o sopé da imensa duna. Se fora grande e de difícil escalada quando jovem, agora se tornou enorme. Mesmo assim João Pedro a subiu e desceu várias vezes enquanto eu me arrastava até em cima.

Tendo atingido o cume de lá me gritou: manero mesmo isso aqui  vovô!!!
De fato, lá do alto a vista é muito linda, especialmente num dia de sol pleno com o olhar percorrendo o espelho d´água cercado de pinhos e eucaliptos e enorme variedade de pássaros e flores silvestres.

Olhando para o outro lado vemos o canal de Rio Grande e a cidade que se debruça sobre as águas. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe, nos costumes e na tranqüilidade. Voltemos para o lado da calma, dando as costas à cidade, por umas horas pelo menos.

Descer até a beira é fácil e vamos esquecer, por enquanto, que tem subida na volta. Mergulhamos cercados pelos lambaris esfomeados que mordiscam nossa pele e que são motivo de grande diversão para João Pedro. Junto à margem pescamos alguns com as mãos, logo os devolvendo ao seu grupo. De longe as garças se agitam com a suposta concorrência em sua refeição. As flores flutuantes, aguapés ou também conhecidas como rainhas do lago, desfilam sua majestade à nossa volta, tocadas pela brisa suave que encrespa a superfície. O martim-pescador que deve ter seu ninho em algum canto da barranca, mergulha feliz com a abundancia de comida.
Lembro da lagoa com muito mais água, hoje a profundidade máxima alcança pouco acima do joelho de um adulto, mas isso não muda o espírito da coisa.

Vale aqui emoção de apresentar para meu neto um local paradisíaco que me foi apresentado por meu pai. Pois ela é a testemunha muda de meus todos amores nesta vida, como filho e irmão,como namorado e esposo, como pai e agora, gloria máxima da vida afetiva, como avô .

Nota : esta lagoa se situa na Ilha do Marinheiros em Rio Grande(RS).Chega-se de barco no Porto do Rei.Ou via terrestre através da Vila da Quinta BR-392, passando pela Ilha do Leonidio e depois na Ilha dos Marinheiros indo até a localidade Porto do Rei.A estrada da Quinta até a Ilha é de chão batido, em boas condições de conservação.


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